quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Problemas no Campo(agricola) Brasileiro (geo)

O feijão carioca que boa parte dos brasileiros consome era, até a década de 60, uma cultura exclusiva de pequenos produtores. Não estava disponível para o consumo de massa, como encontramos hoje. Mas em 1969, o Instituto Agronômico de Campinas lançou o cultivar IAC carioca. A nova semente pôde então ser plantada em grandes áreas, sem quebras na produção e, hoje, esse feijão está acessível em mercados, armazéns e feiras livres, em qualquer época do ano. Há 30 anos, a boiada ficava no pasto até seis anos para atingir o peso de abate. Em 2002, bastavam 24 meses ou menos, resultado da ação da Embrapa na área da pecuária. O controle da broca do café por meio da vespinha de Uganda, que marcou o início do controle biológico de pragas na agricultura brasileira, é fruto do trabalho do Instituto Biológico. Estes são alguns exemplos das soluções e da modernização trazida pelos institutos públicos de pesquisa agrícola brasileiros, voltados exclusivamente para a pesquisa.

O agronegócio já é responsável por cerca de 40% do PIB nacional. É também o setor que mais emprega no país e também o maior responsável pela pauta de exportações. Os números da produção agrícola indicam não apenas uma dimensão quantitativa da sua importância, mas são também indicativos de um longo processo de modernização tecnológica da agroindústria nacional. Neste processo de modernização é inegável a importância dos institutos de pesquisa agrícola. Em vários momentos da história econômica e agrícola brasileira, os institutos foram cruciais para a manutenção e a expansão das culturas que se sucederam como alicerces da economia nacional. Também enfrentaram dificuldades como falta de recursos, esvaziamento de recursos humanos e outras que ameaçaram a continuidade das pesquisas ali realizadas.

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